quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Seleção de Pessoas – Um desafio atual

Em uma economia cada vez mais globalizada, as técnicas e os produtos se tornam cada vez mais similares, então o Fator Humano torna-se item decisivo no sucesso de uma corporação. As diferenças entre uma pessoa e outra, não reside unicamente no que as pessoas sabem fazer, e sim seu potencial de aprendizagem e realização.

Nesse sentido o processo de seleção é essencial para o sucesso de uma empresa. Pois é por meio dele que as organizações podem identificar talentos com potencial para fazer a diferença nesse mercado competitivo. Recrutar e selecionar são, definitivamente, atividades muito complexas e devem ser tratadas com extremo profissionalismo, com a contratação de profissionais devidamente habilitados.
Até pouco tempo atrás, a mentalidade empresarial rendia-se basicamente ao significado de duas palavras: competitividade e produtividade. Além de que, hoje vivemos em uma sociedade imediatista, intolerante e virtual, que cultua a falta de tempo, o estresse e as manipulações. A meta da hora é ser “vencedor”. E o que é ser um vencedor? Certamente não é aquele que tem pouca confiança em si, que precisa desvalorizar o colega de trabalho; que manipula as pessoas; que não aprende com os próprios erros e, por isso, continua errando; que vive em permanente estado de ansiedade e ainda ocupa a mente e o tempo com preocupações irrelevantes.
Empresas verdadeiramente comprometidas com o crescimento profissional de seus funcionários, buscam mais do que competência técnica e profissional. Buscam pessoas equilibradas emocionalmente, que valorizam a qualidade de vida, que expressam seus sentimentos com naturalidade, sabendo administra-los; que buscam trabalho em equipe; que apreciam a cooperação no lugar da competição; que tenham capacidade de gerenciar conflitos, que sejam criativas, ousadas e motivadas!
O momento para separar os indesejáveis é dentro do processo de seleção e não depois. Além disso, o processo de seleção deve acompanhar as demandas latentes:
• Agilidade de resposta. É essencial preencher a vaga em tempo hábil.
• Qualidade no atendimento. Tanto do cliente (interno ou externo) bem como do candidato.
• Indicação de candidatos que atendam ao perfil da vaga. Neste aspecto é que a grande maioria dos profissionais pecam. Pois é necessário traduzir as expectativas do contratante em um perfil que deve ser avaliado, mensurado e descrito em competências que sinalize à assertividade na escolha.
Assim, tem-se como tendência a Seleção por Competências, que além de especificar de forma clara os indicadores comportamentais do perfil, permite ao profissional planejar as etapas do processo com base em informações objetivas, facilitando a avaliação dos pontos de excelência e insuficiência de cada candidato. Essa metodologia traz como pontos fortes a clareza do perfil e maior facilidade para avaliar os candidatos com imparcialidade, justiça e ética.
Na seleção, consegue-se identificar, através de testes de aptidão, personalidade e de entrevistas, não só informações que vão nos dizer se o candidato preenche os requisitos da vaga mas, principalmente, se ele se enquadra na cultura da organização. Busca-se erradicar uma serie de falhas que possam comprometer o processo de contratação como também detectar os valores do profissional que poderão, nem futuro próximo, ser transformados em competência essencial para a empresa.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Não podemos perder talentos para as drogas!

Programas de prevenção e combate ao uso de drogas sempre encontram barreiras, principalmente dentro das empresas. Se o assunto é tabu em qualquer lugar, nas organizações adquire proporções quase demoníacas. Álcool, tabaco, maconha e cocaína, entre outras drogas, são frequentes no ambiente de trabalho, mas seu uso muitas vezes passa despercebido. O problema é que queda na produtividade, absenteísmo e falta de motivação nem sempre são atrelados ao uso de drogas pelos funcionários.

A primeira pesquisa sobre drogas feita no Brasil, em 2001, em que o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), da Unifesp, entrevistou 8.589 pessoas de 107 cidades do país, registrou a dependência de álcool em 11,2% dos entrevistados. Essa também é a droga que mais problemas causa dentro das empresas, seguida pelo tabaco, pela maconha e pela cocaína.
A dependência - independentemente da droga - não elege cargo ou função. De diretores a auxiliares, todos podem ter problemas! Mas quem exerce cargos gerenciais, portanto desempenha papel de líder, tende a se esconder mais, a ficar distante dos poucos programas oferecidos pelas organizações. Pois, há o medo de que a equipe comece a desrespeitá-lo.
O diálogo, o interesse na vida do funcionário, reflete uma mudança significativa na abordagem do problema. Há dez anos, o assistencialismo e o tom acusatório imperavam. Hoje, falar de drogas em empresas não é mais fácil, porem se faz extremamente necessário.A forma menos difícil é incluir o assunto nos programas de qualidade de vida. Nos conceitos modernos, o funcionário é quem assume a responsabilidade sobre si. E os temas álcool, tabaco e drogas ilícitas entram no rol dos problemas de saúde, dividindo espaço com programas de combate ao estresse e de prevenção ao câncer de mama, por exemplo.
É evidente o progresso das empresas. Claro que não podemos negar que há a dificuldade em aceitar o problema. Mas hoje temos casos que provam que a interferência da empresa é indispensável; e não se trata de benemerência, mas de pensar na relação custo-benefício: sai mais barato orientar e tratar o funcionário do que demiti-lo.

Como companhias modernas ajudam o funcionário dependente
• Divulgam, para os funcionários de todos os níveis e setores que estão iniciando um projeto de prevenção e combate ao uso de drogas.
• Deixam claro que o empregado que participar do programa não será demitido, mas sim orientado e tratado.
• Incluem esses programas em outros maiores, de qualidade de vida, o que diminui o preconceito com o tema.
• Definem como primordial a participação da diretoria da empresa no projeto.
• Não obrigam o profissional a aderir; a participação é sempre voluntária.
• Montam equipes multidisciplinares que coordenam o programa, formadas por médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, entre outros profissionais.
• Montam equipes de monitores - funcionários treinados para "educar", orientar e encaminhar para tratamento eventuais dependentes químicos.
• Oferecem consultas com psicólogos, dentro e fora da empresa.
• Custeiam tratamentos ambulatoriais, internações e medicamentos (como adesivos para parar de fumar).
• Estendem a familiares alguns dos benefícios oferecidos aos empregados.


Lidar com o uso e abuso de drogas dentro das empresas, não é uma tarefa fácil, mas sem duvidas vale a pena bem cuidar das pessoas, as quais desenvolvem atividades para as organizações. Não podemos perder talentos para as drogas!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Antigo metodo de prevenção: AMIGOS!

Viver com grupos sociais é importante. Desde os tempos mais remotos da humanidade, já se tem histórico dessa necessidade. Precisamos uns dos outros para auxiliar na evolução, procriação e na sobrevivência de nossa espécie. Hoje em dia é possível verificar cientificamente, que não é só para isso que os grupos sociais existem. As pessoas com as quais convivemos, nos são extremamente úteis como proteção de diversas doenças.

Podemos considerar amigos como uma vacina. Pesquisas já comprovaram que pessoas que sofrem derrame, e após o trauma, continuam a ter convívio social, diminui em 30% as chances de a problemática voltar a ocorrer. Além disso, pessoas que possuem amigos – e em grupos variados – tendem a se tornar duas vezes menos suscetíveis a gripe comum. Mesmo estas estando mais expostas ao vírus por causa do convívio. Os riscos que o isolamento social nos proporciona a saúde já pode ser comparado ao fumo, hipertensão e a obesidade!
Uma conclusão parece inevitável: participar de vários grupos sociais ao longo da vida e preservar o senso de identidade social tem influencia profunda em nossa saúde geral e na sensação de bem-estar. Esta descoberta tem por base um ponto exaustivamente proclamado da natureza humana: somos animais sociais e evoluímos por e para viver em grupos. Isso para os humanos, é indispensável para definir tanto quem somos quanto o que precisamos para desfrutar de uma vida mais rica e completa.
Já nos escreveu o cientista político Robert Putman, “Se você não pertence a nenhum grupo, mas decide faze-lo, diminui pela metade seu risco de morrer no ano seguinte”. Um tanto quanto exagerado, mas realmente a convivência pode funcionar contra as ameaças à saúde física e mental, o que é muito mais barato que os métodos farmacêuticos, com menos efeitos colaterais e na grande maioria das vezes muito mais divertido!

 
Micheli Krayevski


quarta-feira, 14 de abril de 2010

De onde vem os bebês?

Dentro do contexto clínico e até mesmo no dia-a-dia me são relatadas diversas “saias justas” que as crianças envolvem seus pais. São tantas perguntas em relação à sexualidade, que eles ficam temerosos em relação às informações cedidas. Medo de estimular a sexualidade de seu filho, medo de dar informações negativas em relação ao sexo. Medo de errar na dose..
A primeira pergunta clássica dessas crianças é: De onde vem os bebês?
Imaginou seu filho perguntar o que é sexo oral na fila do banco? Ou perguntar para o pai, na farmácia, qual a camisinha que ele usa? Achar uma foto de alguém nu e andar com ela pra todo canto, sem permitir que alguém a olhe?
Essas e muitas outras perguntas são feitas por crianças e na maioria das vezes os pais não sabem como conduzir. O que responder? Ou pior: mentir, não responder e deixar a criança receber essa informação por outra fonte, que na maioria das vezes, não é segura; fantasiar, imaginar, criar!
É importante os pais saberem que, mesmo que eles não falem diretamente sobre sexo com o seu filho, eles vão emitindo valores a respeito da sexualidade. Em suas conversas com pessoas mais velhas, através da internet, televisão, etc. Hoje, o acesso a essas informações acontece cada vez mais cedo. Então, a educação deve começar cedo, desde a primeira dúvida da criança. Até porque a falta de informação gera ansiedade e culpa!
Porque é tão importante falar sobre sexo com as crianças?
- A criança informada de forma correta, terá maiores chances de saber lidar com sua sexualidade e, no futuro, vivenciá-la saudavelmente.
- Conversar sobre esse assunto em casa ajuda a destruir alguns mitos e a corrigir algumas informações e conceitos errados.
- Quando não se tem espaço para falar sobre sexo claramente e esclarecer suas dúvidas, a criança cria fantasias que geram ansiedade. O que no futuro poderá, trazer prejuízos emocionais, de relacionamento e/ou sexuais.
- Possibilita um aumento da intimidade e confiança entre pais e filhos. Os filhos passam a ver os pais como pessoas com quem podem contar no caso de uma dúvida ou problema.
- Aumenta a afetividade.
- Quando conversam, as crianças ficam mais tranqüilas, porque têm suas dúvidas sanadas.
- A criança entende e conhece melhor o próprio corpo.
- Proteção contra abuso sexual: informado sobre sexo o seu filho terá melhores condições de se proteger de situações externas, sem se sentir culpado, com medo das ameaças, muitas vezes impostas pelo agressor.
- Pesquisas mostram que crianças que conversam sobre sexo com os pais são mais responsáveis e tendem a ter início da vida sexual adiado, quando se sentem mais amadurecidas.
Por tanto, pais conversem sobre sexo com seus filhos! Se tiverem dificuldade, se utilizem de alguns instrumentos que existem. Uma orientação com um profissional ou através de literatura especializada. Existem livros para pais e educadores e para a própria criança, que explicam de uma maneira lúdica e clara o assunto.


Micheli Krayevski
Psicóloga
(47) 9193-6553
chelykrayevski@gmail.com

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Distúrbio de Déficit de Atenção

Falar de DDA – Distúrbio de Déficit de Atenção, está em alta. Mas, a compreensão dos problemas cognitivos de crianças em idade escolar vai muito além de simples modismo. Até porque pode ser reconhecido como elemento chave ao entendimento de alguns (não todos) os fracassos escolares.
Pode-se referir ao DDA como o déficit de desenvolvimento relativo às habilidades cognitivas específicas, tais como: atenção, memória e a percepção. Que são associados a problemas de processamento de informação e a deficiência de aprendizagem nas áreas da linguagem oral, escrita e nos cálculos matemáticos
Através de muitos estudos, sabe-se que esses distúrbio ocorre, muito frequentemente, associado a problemas de memória, de linguagem receptiva e expressiva, de habilidades na execução de tarefas, manejo do tempo ou pela desorganização do material escolar.
O esclarecimento de critérios bem definidos para a identificação e classificação dos déficits de atenção é essencial para se prestar o auxilio necessário a essa criança ou adolescente. O DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais, quarta edição) define a desatanção em crianças como a dificuldade de manter-se alerta a detalhes e a tendencia a cometer erros descuidados nas tarefas escolares: inabilidade para ouvir com atenção uma conversa, dificuldade para seguir instruções, dificuldade em organizar tarefas e atividades, rejeição a tarefas que requerem maior esforço mental, tendencia a perder coisas necessarias para as realização das atividades, distração com estimulos externos, esquecer-se facilmente de tarefas diárias. Tambem tem que ficar atento se o problema do deficit de atençao nao está associado a hiperatividade!
A multiplicidade de causas e de fatores associados aos déficits de atenção tem aberto espaço a um grande numero de propostas para o seu tratamento. Dietas alimentares e suplementos vitamínicos são dois exemplos de tratamentos ainda sem comprovação cientifica – estudos ainda estão sendo realizados nessa área. Entretanto os psicoestimulantes e antidepressivos tem sido os tratamentos mais tradicionais usados para reduzir a desatenção, impulsividade e hiperatividade que acompanham os déficits de atenção. Dada a natureza comportamental dos sintomas, o tratamento medicamentoso não é uma idéia implícita na conclusão diagnostica. Aceita-lo ou não é sempre uma decisão difícil para os pais. Até porque as crianças não apresentam problemas médicos evidentes. São drogas controladas e com uso infreqüente na área pediátrica.As controvérsias a respeito das terapias a base de medicação voltaram os esforços e atenções dos especialistas para a busca de uma intervenção psicológica direcionada para o tratamento de alguns sintomas dos déficits de atenção.
A ajuda à criança e à família, por meio de uma equipe profissional que cuide dos aspectos médicos, emocionais, comportamentais e educacionais da criança, parece hoje ser a maneira mais efetiva de tratamento. Tais serviços incluem uso de medicamento para aumentar a concentração e o treinamento educacional, mediante atendimento individualizado a criança e treinamento para os pais e professores. Outros tipos de intervenção, tais como a terapia individual, familiar, a intervenção psicomotora, são muito recomendados para um tratamento conjunto.
O importante é não permitir que as crianças que apresentam esse tipo de problema tenham que crescer passando por “burros” ou “esse não tem jeito mesmo”. Déficit de Atenção é controlável e tem tratamento!

Micheli Krayevski
Psicóloga CRP 12/08587
(47) 9193-6553