quarta-feira, 29 de junho de 2011

Erotização precoce: Mundo Adulto X Mundo Infantil

Muitos acham graça quando crianças falam que têm namorados, trocam beijinhos e declarações de amor. Os pais apresentam seus filhos de poucos meses de vida como ótimos pretendentes para os pequenos filhos dos amigos; o pai festeja o menino que será pegador; a mãe vibra com as meninas que destruirão corações; vídeos de crianças apaixonadas circulam encantando os internautas. O que fica na cabecinha de quem ouve ou protagoniza esse tipo de coisa? Será que essa brincadeira (aparentemente inocente) não está lançando a infância em um terreno adulto demais?
É papel dos pais separar para seus filhos o que é do mundo adulto e do mundo infantil, e não misturar tudo – como muitos vêm fazendo. Não é à toa que cada vez mais cedo, meninos e meninas com 12 anos de idade ou muito menos “ficam” com os colegas da escola ou vizinhos como se fossem adolescentes. E mães de crianças com cinco anos levam um susto quando pegam as filhas beijando uma amiguinha na boca, em uma brincadeira onde a Barbie namorando já não é mais suficiente.
A indústria de roupas e cosméticos investe na “adultização” da infância, e este mercado vai crescendo às custas dos anos roubados das crianças. O problema é que os adultos, principalmente os pais, não percebem a seriedade do problema e caem na armadilha, estimulando o atropelo das brincadeiras, com atividades que incentivam os namoricos de mentirinha e conduzem a uma verdade preocupante: a erotização precoce.
O namoro é a vivência da sexualidade, da atração pelo corpo do outro, portanto, não é assunto de criança. Apenas na adolescência, o corpo começa a sofrer transformações que os levarão a um corpo adulto e maturidade emocional para a vida de casal. Antes disso, qualquer iniciativa para erotizar as relações ou fantasias infantis devem ser evitadas. O que os pais e a sociedade falam promove mudanças precoces interferindo negativamente no desenvolvimento infantil.
As afirmações dos pais sobre namoros entre crianças funcionam como o consumo de produtos para adultos na infância. A mãe que compra um sutiã de bojo para a filha de 8 anos pode estar buscando resolver, por intermédio do corpo da criança, as dificuldades com a própria sexualidade. Em geral, cria-se um movimento de fusão entre as duas (identidade e matriz). A filha funciona como um cabide da sexualidade da mãe. É um movimento inconsciente! Pais que têm uma vida sexual reprimida ou insatisfatória vivem a sexualidade pelo prazer dos filhos. Quanto mais comprometida estiver a vida sexual, mais vacilaram.
A atitude dos pais deve ser de provocar as crianças para pensarem em outras coisas. Não se deve jogar luz, valorizar, dizendo coisas como: “O meu filho é macho, já está beijando”. As crianças precisam ser estimuladas a viver em sociedade, sem foco na sexualidade, mas sim usufruindo o melhor que esta fase pode lhe proporcionar.
A sexualidade vivenciada de maneira precoce e distorcida afasta a criança daquilo que é próprio da idade, como o aprendizado escolar. A criança precisa estar com a sexualidade adormecida, com o foco fora do seu próprio corpo, para poder enxergar o mundo. Ou foca a energia para a sexualidade ou para o aprendizado. Mais tarde, quando já teve tempo para aprender o que é básico das letras e dos números, tem energia para viver com as duas coisas ao mesmo tempo. Além de problemas de sexualidade precoce, terá mais dificuldade no aprendizado escolar.
Os pais não podem ter medo de ser careta, é necessário dizer: “Isso não é coisa de criança. Você só vai beijar e namorar quando crescer”.

Micheli Krayevski
chelykrayevski@gmail.com

Dicas para procurar emprego


1. Como está o seu currículo? Ao montar seu currículo atente-se as informações necessárias como: dados pessoais, formação e experiência profissional.

2. Network, Network e... Network! Comece anunciando que você está procurando um emprego. Fale com amigos, familiares, professores, colegas… Em suma fale com todo o mundo! Envie seu currículo para empresas que você gostaria de trabalhar e sempre atualize seu cadastro em agencias de emprego.

3. Use a internet. Existem diversos sites e blogs que anunciam constantemente vagas disponíveis.
Esteja atento ao site da RHT     www.rhtrh.com.br

4. Visite um consultor de carreira, mostre-lhe o seu currículo e peça a opinião. O consultor de carreira também poderá te ajudar a identificar suas potencialidades, além de te indicar novas oportunidades.

5.Quanto mais tempo você fica inativo, mais tempo irá levar você para encontrar um novo emprego. Assim, considere fazer trabalho voluntário para uma organização ou entidade. Isto lhe dará a chance de melhorar suas habilidades profissionais e até mesmo aprender outras novas.

6. Mantenha-se motivado na sua busca. Quando você menos esperar, uma nova porta lhe será aberta.

terça-feira, 28 de junho de 2011

POR QUE FAZER PSICOTERAPIA?

Eis uma das maiores incógnitas ao se tratar de atendimento psicológico: É possível mudar com a ajuda da psicoterapia? Até porque, muitas vezes ouvimos dizer que “as pessoas não mudam”. Sendo assim, será útil recorrer à terapia? O que poderá fazer a diferença?
Cada um de nós está em constante mudança, mas quanto mais vezes repetimos determinados padrões de comportamento, mais enraizados estes ficam, nos deixando resistentes à mudança. Assim, os maus hábitos podem se confundir com a nossa própria maneira de ser (essência), nos levando a acreditar que a mudança é impossível.
A maior parte das pessoas pode mudar, mas isso é mais difícil se existirem perturbações emocionais. Se uma pessoa estiver deprimida, é preciso tratar primeiro da depressão para que as mudanças desejadas possam ter lugar. As pessoas mais ansiosas são obviamente mais resistentes à mudança, mesmo que se sintam desconfortáveis com a sua vida. Nestes casos, o medo do desconhecido é ainda pior do que o sofrimento atual. Afinal, mudar dói, mas não mudar dói mais ainda! Por outro lado, quando uma pessoa  é auto-disciplinada e tem uma boa rede de suporte, a mudança é muito mais fácil.
Para que a psicoterapia seja eficaz é preciso:
ENFRENTAR O PROBLEMA. Os problemas são, ao mesmo tempo, fontes de estresse e oportunidades de crescimento. Enfrentar um problema implica usarmos a nossa força e as nossas competências, mas às vezes, é mais fácil culpar os outros, procrastinar ou até negar a existência das dificuldades. Utilizamos de mecanismos de defesa, para evitar o desconforto associado à mudança. É por isso que, não raras vezes, um problema permanece pendente ao longo de vários anos. Enfrentar o problema implica reconhecer a realidade como ela é; implica na confrontação dos fatos e a busca de uma solução, em vez de varrer a poeira para debaixo do tapete. A aceitação (do problema) deve substituir a resignação para que o comece a procurar respostas para as dificuldades, para que as alternativas que até aqui não tinham sido consideradas, possam pelo menos, ser pensadas.
AUTO-RESPONSABILIDADE. Independentemente de se tratar de um pedido de ajuda referente a problema individual, profissional, conjugal ou familiar, o desespero e a desesperança são frequentes no início de um processo psicoterapeutico. A mudança começa quando as pessoas conseguem ser honestas consigo mesmas e aceitam que, de algum modo, são responsáveis pela situação em que se encontram. Quando culpamos os outros pelas nossas dificuldades, é muito mais difícil reconhecer o nosso poder, a nossa capacidade para lutar pela felicidade. Temos de escolher se queremos ser parte da solução ou parte do problema.
ATUAR. Para que as mudanças sejam alcançadas, não basta refletir, é preciso tomar decisões. Claro que isso só pode acontecer quando a pessoa se sente preparada, não adianta forçar. Um divórcio, uma mudança profissional ou uma “simples” mudança de casa podem ser assustadores. Muitas vezes é preciso enfrentar o medo do desconhecido e isso requer coragem. Às vezes, a mudança ocorre precisamente porque o sofrimento associado ao problema é de tal modo avassalador que suplanta o medo do desconhecido.
AUTODISCIPLINA. Há quem diga que o sucesso é 1% de inspiração e 99% de transpiração e o mesmo é aplicável à mudança. É preciso esforço e concentração contínuos para que possamos alcançar resultados significativos. Muitas pessoas perdem a coragem quando não vêem resultados imediatos. De um modo geral, trata-se de pessoas que não sabem adiar a satisfação. Qualquer mudança é acompanhada de ansiedade e desconforto, pelo que é preciso manter a força de vontade para atingir os resultados pretendidos. Em psicoterapia, o processo de mudança não é linear – há avanços e recuos, estagnações e saltos - a persistência é necessária e compensa.
COMPROMISSO. Para que uma mudança seja duradoura, é preciso que a pessoa se comprometa consigo mesma e com os seus objetivos e é preciso que seja fiel aos seus princípios. Para impedir que tudo volte ao que era antes, é importante olhar para o motivo do pedido de ajuda, para garantir que este expressa o verdadeiro “eu”, o verdadeiro bem-estar.
Posto isto, vamos à pergunta: por que fazer psicoterapia?
Resposta: para aumentar as chances de ser feliz! Isso mesmo! Se você se conhece, se vai mergulhando cada vez mais nessa jornada fascinante para dentro de si mesmo, suas escolhas passam a ser mais coerentes com quem você realmente é. Começa a descobrir o que é seu e o que é o do outro, que crenças e desejos são dos seus pais, da cultura ou da sociedade, de modo geral. O que você quer manter e o que quer mudar.
Uma outra razão é a possibilidade de identificar e comunicar com clareza emoções ou sentimentos. Quantos de nós temos dificuldade em entrar em contato com a raiva, o medo, a inveja? Ou ainda, de chorar, expressar amor, carinho e ternura? Quantas brigas surgem por não termos clareza do que sentimos e por não comunicarmos nossas emoções (ou o fazermos de forma equivocada)?
Para isso, é preciso saber primeiro o que não quer, e logo em seguida o que se quer; é necessário reconhecer necessidades físicas, emocionais, mentais e espirituais e o meio de atendê-las.
E como esse auto-conhecimento acontece no processo terapêutico? É no vínculo, na relação que se estabelece entre o cliente e o psicoterapeuta, que isso ocorre. O psicoterapeuta não dá conselhos, não sugere, não resolve os problemas do outro. Escuta, questiona, confronta, acolhe, apóia, conforta – tudo isso dependendo da necessidade e forma de atuação de cada um.
Técnicas são utilizadas para investir, esclarecer, trazer novos ângulos, mas elas são recursos auxiliares. É no âmago da relação que cura acontece e ela não é unilateral, se dá em ambas as partes. Sim, o psicoterapeuta também cresce, amadurece, se modifica com o processo terapêutico de seus clientes.
Existem diferentes abordagens psicoterapêuticas e todas elas dão sua contribuição para o crescimento do indivíduo. Cabe a cada um se informar e buscar aquela linha com que mais se afina.
          Mova-se! Busque-se, investigue-se, "conheça-te a ti mesmo", como disse Sócrates. Embarque nessa fantástica jornada em busca de si mesmo. Ela é fascinante e libertadora, pode apostar!

Micheli Krayevski
(47) 9193 6553
chelykrayevski@gmail.com
         

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Psiquiatra, psicólogo ou psiquiatra?

O termo "psi", é muito utilizado pelas pessoas, e quase sempre é permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.

O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria, esta é composta de 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, atuação não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.

O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilita o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.
O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica, como por exemplo: gestalt-terapia, psicodrama, psicanálise, terapia cognitivo-comportamental, entre outros.

O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseado nas associações livres e na transferência. O psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.