quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Distúrbio de Déficit de Atenção

Falar de DDA – Distúrbio de Déficit de Atenção, está em alta. Mas, a compreensão dos problemas cognitivos de crianças em idade escolar vai muito além de simples modismo. Até porque pode ser reconhecido como elemento chave ao entendimento de alguns (não todos) os fracassos escolares.
Pode-se referir ao DDA como o déficit de desenvolvimento relativo às habilidades cognitivas específicas, tais como: atenção, memória e a percepção. Que são associados a problemas de processamento de informação e a deficiência de aprendizagem nas áreas da linguagem oral, escrita e nos cálculos matemáticos
Através de muitos estudos, sabe-se que esses distúrbio ocorre, muito frequentemente, associado a problemas de memória, de linguagem receptiva e expressiva, de habilidades na execução de tarefas, manejo do tempo ou pela desorganização do material escolar.
O esclarecimento de critérios bem definidos para a identificação e classificação dos déficits de atenção é essencial para se prestar o auxilio necessário a essa criança ou adolescente. O DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais, quarta edição) define a desatanção em crianças como a dificuldade de manter-se alerta a detalhes e a tendencia a cometer erros descuidados nas tarefas escolares: inabilidade para ouvir com atenção uma conversa, dificuldade para seguir instruções, dificuldade em organizar tarefas e atividades, rejeição a tarefas que requerem maior esforço mental, tendencia a perder coisas necessarias para as realização das atividades, distração com estimulos externos, esquecer-se facilmente de tarefas diárias. Tambem tem que ficar atento se o problema do deficit de atençao nao está associado a hiperatividade!
A multiplicidade de causas e de fatores associados aos déficits de atenção tem aberto espaço a um grande numero de propostas para o seu tratamento. Dietas alimentares e suplementos vitamínicos são dois exemplos de tratamentos ainda sem comprovação cientifica – estudos ainda estão sendo realizados nessa área. Entretanto os psicoestimulantes e antidepressivos tem sido os tratamentos mais tradicionais usados para reduzir a desatenção, impulsividade e hiperatividade que acompanham os déficits de atenção. Dada a natureza comportamental dos sintomas, o tratamento medicamentoso não é uma idéia implícita na conclusão diagnostica. Aceita-lo ou não é sempre uma decisão difícil para os pais. Até porque as crianças não apresentam problemas médicos evidentes. São drogas controladas e com uso infreqüente na área pediátrica.As controvérsias a respeito das terapias a base de medicação voltaram os esforços e atenções dos especialistas para a busca de uma intervenção psicológica direcionada para o tratamento de alguns sintomas dos déficits de atenção.
A ajuda à criança e à família, por meio de uma equipe profissional que cuide dos aspectos médicos, emocionais, comportamentais e educacionais da criança, parece hoje ser a maneira mais efetiva de tratamento. Tais serviços incluem uso de medicamento para aumentar a concentração e o treinamento educacional, mediante atendimento individualizado a criança e treinamento para os pais e professores. Outros tipos de intervenção, tais como a terapia individual, familiar, a intervenção psicomotora, são muito recomendados para um tratamento conjunto.
O importante é não permitir que as crianças que apresentam esse tipo de problema tenham que crescer passando por “burros” ou “esse não tem jeito mesmo”. Déficit de Atenção é controlável e tem tratamento!

Micheli Krayevski
Psicóloga CRP 12/08587
(47) 9193-6553