Férias é um período
para descansar e se desligar da vida profissional, certo? Na teoria, sim. Na
prática, nem sempre isso acontece, seja porque a pessoa não consegue se
desincumbir de todas as tarefas ou simplesmente porque não consegue se desligar
do trabalho. Qualquer que seja o problema é preciso atenção por parte da
empresa e do funcionário, pois o repouso é necessário e contribui para dar
novo fôlego às ideias e mais disposição para trabalhar. Férias também exige
planejamento, para que os profissionais não se sobrecarreguem nem antes nem
depois do período de ausência.
A dica é pensar nas
férias com antecedência, ambos (empresa e funcionário) devem estar alinhados. O
primeiro passo é fazer um levantamento das tarefas e dos projetos pendentes. Com
isso, é possível definir se será necessário remanejar um funcionário de outra
área ou mesmo contratar outro profissional para cobrir as férias. Sem esse
alinhamento, a tendência é que o profissional que vai sair em férias fique
sobrecarregado antes e depois da pausa. Existe ainda o risco de os colegas de
trabalho terem que arcar com tarefas e decisões para as quais não estavam
preparados, aumentando as chances de erros e equívocos. É nessa hora que o
papel de um bom gestor faz toda a diferença. Cabe a ele saber o que cada um
está desenvolvendo e articular pessoas e áreas. Ao saber que um funcionário vai
sair de férias, ele deve programar todos os demais para lidar com aquela
ausência, dividindo funções e responsabilidades. Em muitos casos, a programação
de férias das empresas é feita para o ano todo, com a participação dos gestores
e funcionários das áreas, de modo que todos saibam, com bastante antecedência,
quando cada um estará ausente. Assim, o profissional pode tanto fazer sua
programação pessoal quanto organizar o trabalho e distribuir as tarefas. Essa
flexibilidade é boa para o gestor, para o funcionário e para a empresa, pois dá
equilíbrio e se ajusta às necessidades de todos.
Um quesito
essencial para o bom funcionamento das férias é o profissional conseguir deixar
suas atividades distribuídas de forma segura. Os profissionais que não
conseguem planejar suas atividades e distribuir tarefas para que a empresa
funcione na sua ausência demonstram despreparo, centralização excessiva e falta
de dinâmica para atividades em grupo. Deixar o celular ligado, diferente do que
muitos podem achar, é um mau sinal. Sintoma de que ele não conseguiu preparar a
equipe para sua ausência. É preciso implantar a cultura de que ninguém é
insubstituível, que as tarefas devem ficar na empresa e que os processos e
procedimentos devem ser documentados de forma a ser compreendida pelos colegas
e gestores. O profissional deve estar
seguro o suficiente para realmente se desligar do trabalho durante as férias,
deixar tudo de lado e descansar de verdade. É recomendável também que, ao
retornar das férias, ele faça uma reunião de alinhamento com os colegas, que
poderão inclusive propor sugestões para melhorias das rotinas de trabalho.
Férias são
extremamente necessárias para que as energias sejam recarregadas e assim
enfrentar mais um ano de trabalho. Aproveite para visitar a família, viajar, ou
encontre a melhor forma para você descansar o corpo e a mente.
Boas férias e um
2013 maravilhoso para você!
Abraço
Micheli Krayevski
Psicóloga
chelykrayevski@gmail.com
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