"Felicidade? Palavra doida inventada por nordestinas que andam aos montes por aí". A parte introdutoria dessa obra é um momento em que o autor (Clarice Lispector se colocou como homem para escrever o livro, já que, segundo ela mesma, uma mulher não conseguiria retratar essa história) é invadido por uma necessidade de relatar a vida de uma nordestina que encontrou. Ele vive a partir daí uma luta contra sua vontade, já que não quer escrever uma história tão mediocre. Durante toda a narrativa desculpa-se com o leitor por o invadir com essa história.
Macabéa é o nome dessa alagoana de "ovários murchos", mas esse nome surge no livro somente quando já passado da metade. Antes o auto a chama somente de "nordestina" ou "datilógrafa" - sua profissão. Nessa parte inicial, antes do nome revelado Macabéa simplesmente não existia. Seu nome surge exatamente no momento em que ela começa a namorar com o também nordestino Olimpico. Pois é nesse momento que ela se torna sujeito, o olhar de Olimpico a torna gente!
Olimpico um homem sem instrução nenhuma, que guarda o segredo que o fortalece e o faz sentir mais homem. Matou um outro homem. Ele mais tarde vira deputado e se casa com Glória, a colega de trabalho de Macabéa. Olimpico tem breves encontros com a sua então namorada Maca. Em um desses encontros ele lhe paga um café e considera muito grande o investimento para uma namorada como a pobre alagoana. Afinal, Macabéa só sabia chover...
Essa moça sonsa nos enche de piedade e por vezes raiva durante sua historia. Piedade por sua ingenuidade e seus pedidos de desculpas (por só chover, por não ser uma boa datilógrafa etc, etc...). Raiva por estar grávida de um futuro que nunca chega, nem nunca chegou!
No livro do Pe. Fabio de Melo e Gabriel Chalita, o padre escreve ao seu amigo essas palavras "A hora da estrela foi a hora da morte. Não havia outro desfecho possível. Macabéa não poderia chegar viva ao outro lado da avenida, pois não teria sonhos para continuar. Não teria um amor que a encharcasse de motivos e a ajudasse a suportar as dores da vida" (Cartas Entre Amigos - Sobre medos contemporâneos).
Definitivamente Maca era um tipo de "capim vagabundo", e esse, a unica coisa que deseja é o solo. Enfim o autor "se livra" da nordestina e nos enche com essa obra que nos faz refletir o valor da vida.
O maior ensinamento do livro fica no trecho: "Porque há direito ao grito. Então eu grito". Gritar por mim, e por todas as nordestinas espalhadas por aí procurando uma felicidade que só existe do outro lado da avenida...
Macabéa é o nome dessa alagoana de "ovários murchos", mas esse nome surge no livro somente quando já passado da metade. Antes o auto a chama somente de "nordestina" ou "datilógrafa" - sua profissão. Nessa parte inicial, antes do nome revelado Macabéa simplesmente não existia. Seu nome surge exatamente no momento em que ela começa a namorar com o também nordestino Olimpico. Pois é nesse momento que ela se torna sujeito, o olhar de Olimpico a torna gente!
Olimpico um homem sem instrução nenhuma, que guarda o segredo que o fortalece e o faz sentir mais homem. Matou um outro homem. Ele mais tarde vira deputado e se casa com Glória, a colega de trabalho de Macabéa. Olimpico tem breves encontros com a sua então namorada Maca. Em um desses encontros ele lhe paga um café e considera muito grande o investimento para uma namorada como a pobre alagoana. Afinal, Macabéa só sabia chover...
Essa moça sonsa nos enche de piedade e por vezes raiva durante sua historia. Piedade por sua ingenuidade e seus pedidos de desculpas (por só chover, por não ser uma boa datilógrafa etc, etc...). Raiva por estar grávida de um futuro que nunca chega, nem nunca chegou!
No livro do Pe. Fabio de Melo e Gabriel Chalita, o padre escreve ao seu amigo essas palavras "A hora da estrela foi a hora da morte. Não havia outro desfecho possível. Macabéa não poderia chegar viva ao outro lado da avenida, pois não teria sonhos para continuar. Não teria um amor que a encharcasse de motivos e a ajudasse a suportar as dores da vida" (Cartas Entre Amigos - Sobre medos contemporâneos).
Definitivamente Maca era um tipo de "capim vagabundo", e esse, a unica coisa que deseja é o solo. Enfim o autor "se livra" da nordestina e nos enche com essa obra que nos faz refletir o valor da vida.
O maior ensinamento do livro fica no trecho: "Porque há direito ao grito. Então eu grito". Gritar por mim, e por todas as nordestinas espalhadas por aí procurando uma felicidade que só existe do outro lado da avenida...
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