quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Grupo de Apoio: oportunidade de rever a sexualidade de mulheres mastectomizadas


O câncer é hoje um tema muito considerado pelos meios de comunicação por tudo o que ele representa culturalmente e por suas implicações fisiológicas. Este tema é muito abordado em livros, revistas e publicações científicas apontando formas de diagnóstico, desenvolvimento e tratamento da doença. Essa exploração normalmente é enfocada no câncer como uma patologia e não na pessoa que vive esta situação.
O ser humano é constituído de biológico, psicológico e sócio-cultural; vivenciar este tripé equilibradamente o faz mais pleno e satisfeito consigo mesmo e com seu meio. Dentre essa satisfação está a sexualidade. Todo ser humano necessita viver sua sexualidade. Vivenciar-la é dar sentido ao corpo, a mente e as relações que se estabelecem ao longo do desenvolvimento. Em sua historia de vida a sexualidade traz marcas em cada fase do desenvolvimento - a infância, a adolescência a vida adulta e a velhice. Em todas estas fases a ela acompanha o indivíduo e dá o ritmo de satisfação e de convivência. É notório que qualquer alteração no corpo e na vida emocional refletirá diretamente na vivência da sexualidade, pois tudo está associado na completude da existência humana. Existem múltiplas ocorrências ao longo da vida que podem alterar a sexualidade de uma pessoa, porém aqui, irei me ater apenas ao câncer de mama e suas implicações na sexualidade de quem vivencia tal situação. Pois, os seios são de suma importância na vivência da sexualidade das mulheres e também dos homens.
A mastectomia (retirada total ou parcial do seio) é uma das formas de se lidar com o câncer de mama. Sem essa parte essencialmente feminina do corpo, a mulher mastectomizada passa a acarretar disfunções psicológicas e sexuais.
O trabalho de psicoterapia de grupo e de grupos de apoio vem como um auxilio importantíssimo a essas mulheres. Em grupo elas encontram a oportunidade de conhecer as dificuldades umas das outras, assim podendo se ajudar e ter como apoio a cumplicidade que se estabelece nesses grupos.
A possibilidade de entrevistar e vivenciar as sessões de grupo possibilitou compreender não somente algumas faces da realidade das mulheres mastectomizadas, como também as formas adotadas por elas para enfrentar a doença, assim como os modos de expressar a sua sexualidade. É importante destacar que cada mulher reage a cirurgia conforme algumas variáveis que dizem respeito à sua história de vida, ao contexto social e familiar. As dificuldades encontradas pelas mulheres para se adequarem a uma nova situação, a perda da mama, veio a comprometer de uma certa forma todos os âmbitos de suas vidas. As alterações do próprio corpo implicam também em transformações afetivas, refletidas na forma de como as mulheres percebem a si mesmas e na forma de vivenciarem seu cotidiano. O processo de (re)adequação da sexualidade a esse novo referencial de corpo ocorre lentamente. A oportunidade de expressar espontaneamente suas dificuldades e participar do grupo com mulheres que passam por situações semelhantes ajuda muito na elaboração dessa nova fase e nova sexualidade a ser descoberta.
Abraços
Micheli

2 comentários:

  1. Oiee.....passando pra desejar muito Sucesso na sua carreira como Psicóloga, continue sendo essa pessoa humilde, inteligente e muito iluminada por Deus!

    Te adoro amiga hoje e sempre...

    Elaine Voltolini**

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  2. Andréa Aparecida Alves Elias22 de fevereiro de 2010 às 21:21

    OLHA MICHELE TE DEZEJO TODA AFELICIDADE DOMUNDO VOCÊ MERECE COMO UMA VEZ VOCÊ ME DISSE QUE QUANDO,ME SOLTO PRA FALAR NINGUEM ME SEGURA AGORA SEI QUE VOCÊ ESTAVA COM RAZÃO HOJE CONSEGUI TUDO QUE QUERIA CONQUISTAR,E AGRADEÇO MUITO ADEUS EA VOCÊ POR CONFIAR EM MIM ,PARABÉNS PELO TRABALHO QUE VOCÊ FAZ MUITAS FELICIDADES VOCÊ MERECE.BEIJOCAS NO CORAÇÃO........

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