segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Depressão


A depressão é popularmente diagnosticada, porém pouco tratada adequadamente – mesmo sendo considerada a quarta principal causa de incapacitação para o trabalho (segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde). A depressão tem como principal sintoma a perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, normalmente carregada de angustia, que nem sempre tem um motivo evidente. Pode atingir pessoas de qualquer idade, sexo ou condição socioeconômica. O diagnóstico preciso e tratamento sempre deve ser feito por um profissional ‘psi’ (psicólogo, psicanalista, psiquiatra...).
O desânimo sem fim, que atinge esse sujeito, é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar. Hoje se sabe que a depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas na imunidade e o aumento de processos inflamatórios.
Resultado de imagem para depressaoOs sintomas mais frequentes são: cansaço extremo (isso inclui dor no corpo e desmotivação as atividades corriqueiras), irritabilidade, angústia, ansiedade exacerbada (o profissional precisará de atentar para perceber se é depressão com sintomas ansiosos ou ansiedade com sintomas depressivos), baixa autoestima, falta de interesse por atividades que antes davam prazer, dificuldades para se concentrar, pensamentos pessimistas e ideação suicida. Devemos ter atenção especial a alterações no sono (insônia ou sonolência em demasia) e no apetite (ausência ou exacerbação).
Existem alguns fatores de risco, que indicam uma maior probabilidade da pessoa desenvolver depressão. Entre eles estão o histórico familiar (quando alguém da família já teve depressão), outros transtornos psiquiátricos como estresse e ansiedade. Até mesmo disfunções hormonais, sedentarismo, excesso de peso e uso de substancias psicoativas (cigarro, álcool e drogas ilícitas).
O tratamento, e até mesmo como forma de prevenção, é importante gerenciar o estresse e compartilhar as dificuldades do dia a dia. Ler, aprender coisas novas, ter hobbies e se divertir, ajudam a manter a cabeça ativa e livre de pensamentos negativos ou preocupações excessivas. O otimismo e o bom-senso asseguram o bem-estar emocional. O ditado “mente sã, corpo são” é cientificamente aceito e o caminho inverso também procede. Ou seja, cuidar do organismo reflete na saúde mental. Nesse ponto, o conselho é praticar atividade física regularmente e ter uma alimentação equilibrada, inclusive porque estudos atestam que elas incentivam a liberação de hormônios e outras substâncias importantes para a manutenção do humor.
Se nada disso der certo, procure ajuda! Sozinho é muito difícil sair de crises de depressão. Sobre a forma de tratamento existe uma formula: Depressão Leve – psicoterapia; Depressão Moderada – psicoterapia e medicação; e para Depressão Grave – medicação e psicoterapia.

Micheli Krayevski Eckel
Psicóloga CRP12/08587