Pode-se referir ao DDA como o déficit de desenvolvimento relativo às habilidades cognitivas específicas, tais como: atenção, memória e a percepção. Que são associados a problemas de processamento de informação e a deficiência de aprendizagem nas áreas da linguagem oral, escrita e nos cálculos matemáticos
Através de muitos estudos, sabe-se que esses distúrbio ocorre, muito frequentemente, associado a problemas de memória, de linguagem receptiva e expressiva, de habilidades na execução de tarefas, manejo do tempo ou pela desorganização do material escolar.
O esclarecimento de critérios bem definidos para a identificação e classificação dos déficits de atenção é essencial para se prestar o auxilio necessário a essa criança ou adolescente. O DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais, quarta edição) define a desatanção em crianças como a dificuldade de manter-se alerta a detalhes e a tendencia a cometer erros descuidados nas tarefas escolares: inabilidade para ouvir com atenção uma conversa, dificuldade para seguir instruções, dificuldade em organizar tarefas e atividades, rejeição a tarefas que requerem maior esforço mental, tendencia a perder coisas necessarias para as realização das atividades, distração com estimulos externos, esquecer-se facilmente de tarefas diárias. Tambem tem que ficar atento se o problema do deficit de atençao nao está associado a hiperatividade!
A multiplicidade de causas e de fatores associados aos déficits de atenção tem aberto espaço a um grande numero de propostas para o seu tratamento. Dietas alimentares e suplementos vitamínicos são dois exemplos de tratamentos ainda sem comprovação cientifica – estudos ainda estão sendo realizados nessa área. Entretanto os psicoestimulantes e antidepressivos tem sido os tratamentos mais tradicionais usados para reduzir a desatenção, impulsividade e hiperatividade que acompanham os déficits de atenção. Dada a natureza comportamental dos sintomas, o tratamento medicamentoso não é uma idéia implícita na conclusão diagnostica. Aceita-lo ou não é sempre uma decisão difícil para os pais. Até porque as crianças não apresentam problemas médicos evidentes. São drogas controladas e com uso infreqüente na área pediátrica.As controvérsias a respeito das terapias a base de medicação voltaram os esforços e atenções dos especialistas para a busca de uma intervenção psicológica direcionada para o tratamento de alguns sintomas dos déficits de atenção.
A ajuda à criança e à família, por meio de uma equipe profissional que cuide dos aspectos médicos, emocionais, comportamentais e educacionais da criança, parece hoje ser a maneira mais efetiva de tratamento. Tais serviços incluem uso de medicamento para aumentar a concentração e o treinamento educacional, mediante atendimento individualizado a criança e treinamento para os pais e professores. Outros tipos de intervenção, tais como a terapia individual, familiar, a intervenção psicomotora, são muito recomendados para um tratamento conjunto.
O importante é não permitir que as crianças que apresentam esse tipo de problema tenham que crescer passando por “burros” ou “esse não tem jeito mesmo”. Déficit de Atenção é controlável e tem tratamento!
Micheli Krayevski
Psicóloga CRP 12/08587
(47) 9193-6553